A vida é delírio, sonho errante e saboroso.
Seja para usar ou apenas degustar,
Seja para usar ou apenas degustar,
Com um toque de carinho espinhoso.
Que vem baixinho e gostoso,
E foge dolorido e tempestuoso.
São as rimas que demonstram,
o socorro aflito que delato dentro de mim.
Quero desenhar na vida
Como desenho na folha de papel,
Onde o branco me inspira a criar.
Mas o branco que a vida me dá, assusta,
É contraditório ao desejo amargo,
É o branco que não sei como riscar.
Não sei se devo usar lápis ou tinta,
Mas que isso importa,
pois no papel da vida não se faz apagar
O que passou há de ficar no museu das lembranças.
O desenho do papel me permite qualquer coisa,
Qualquer desejo, de ser ou não ser
No papel da vida, tem rotina, despedida e solidão,
Mas tem também alegria, felicidade e tesão.
Quero desenhar sem medo,
Sem me preocupar em riscar e depois ter que apagar
Pois sou lápis torto e imperfeito,
Diante do papel branco que Deus me deu para pintar.