segunda-feira, 15 de junho de 2009

Papel Branco

Seja para olhar ou seja para sonhar,
A vida é delírio, sonho errante e saboroso.
Seja para usar ou apenas degustar,
Com um toque de carinho espinhoso.
Que vem baixinho e gostoso,
E foge dolorido e tempestuoso.
São as rimas que demonstram,
o socorro aflito que delato dentro de mim.

Quero desenhar na vida
Como desenho na folha de papel,
Onde o branco me inspira a criar.
Mas o branco que a vida me dá, assusta,

É contraditório ao desejo amargo,
É o branco que não sei como riscar.
Não sei se devo usar lápis ou tinta,
Mas que isso importa,
pois no papel da vida não se faz apagar
O que passou há de ficar no museu das lembranças.

O desenho do papel me permite qualquer coisa,
Qualquer desejo, de ser ou não ser
No papel da vida, tem rotina, despedida e solidão,
Mas tem também alegria, felicidade e tesão.

Quero desenhar sem medo,
Sem me preocupar em riscar e depois ter que apagar
Pois sou lápis torto e imperfeito,
Diante do papel branco que Deus me deu para pintar.


Um comentário:

  1. Mas lembre-se: A vida tem mais imaginação que nossos sonhos.

    Beijão

    Marco

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