quarta-feira, 3 de junho de 2009

Sutileza

Fazia um dia diferente dos outros, 
já amanheceu com um sentimento diferente, 
Um aperto enigmático sem saber o quê, 
mas tendo certeza que algo viria a ser.
Os minutos tornaram-se horas, pedaços que não se encaixavam, 
Que deslisavam ate a explosão do porquê surgir.

Aconteceu o indesejável, mas esperado.
O sentimento ecoa de dentro pra fora e de dora pra dentro,
O peito se torna mundo e tudo cabe ali, enlouquecendo, 
Querendo extinguir-se, 
mas vem a loucura, o grito, o choro, amargura
e anestesia a vida, paralisa um instante eterno de dor e reflexão,
De que me vale tanto sofrer, tanta dor que não imaginava suportar.

Depois de delírios e loucura vem a sutileza,
Sutileza dos dedos de Deus, que faz você simplesmente aceitar, 
para depois pensar e refletir.
ainda é inaceitável a perda, pois o que dói levou pedaços,

Mas de onde saiu pedaços existe algo novo, 
uma sutileza  perante a vida
um cansaço, não desistência, mas a entrega dessa luta,
Nadar simplesmente com a correnteza e não contra ela.
E a dor oscila, mutila e renova,
Dói demais renovar-se, reinventar-se,

Os vestigios batem no rosto diariamente
e um fio de dor tende a bater como o mundo dento de você
Mas vem ela novamente, a sutileza de Deus, 
Que deixa o escuro aceitável, a dor compreenssível 
E o melhor, mostra-nos o caminho pelas suas mãos, 
As vezes, muito pesadas, mas suportáveis.

3 comentários:

  1. "Dói demais renovar-se, reinventar-se". Dói mesmo, Ju! Mas você captou a sutileza desta dor... Vamos nadando com a correnteza, lado-a-lado. Com amigos por perto, o nado fica mais leve. :)

    Adorei! Vou dar um pulinho aqui sempre!
    Mil beijocas!

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  2. Quem vê seu sorriso terno todo dia não imagina tamanhos sentimentos dentro desse coraçãozinho.
    Beijos, Jú! t adoro!

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